quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Registro de sonhos

Com uma caneta não se constroem sonhos, mas o muito que eles representam é registrado para sempre.
É indelével.
O real e o imaginário...
O imaginário e o real...
O que transporto para o papel é o que na mente se perderia.
Na mente divaga o que no papel se concretiza.
Adoro os livros!
Abri-los é dar liberdade aos sonhos de alguém que um dia assim desejou lhe dar asas.
O que ficou sufocado na alma transportou-se para o papel: desabafo, fantasia, realidade...

Autor: Paulo Roberto Nascimento

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Não estamos no Coliseu

No último fim de semana, tivemos dois acontecimentos que de alguma forma se relacionaram, aliás, de forma assustadora.
No sábado,  o UFC (Ultimate Fighting Championship), realizado no Rio de Janeiro, me chamou a atenção pelo fato de mesmo não sendo um apreciador desse esporte, estando em um restaurante com a minha mulher, ter observado as reações das pessoas presentes nesse ambiente aplaudindo cada ato de violência da luta que a televisão mostrava, pouco se importando com o ser humano que ali estava sendo submetido a pancadaria.  Nesse dito esporte um oponente pode socar o adversário na cabeça, mesmo caído, o que configura a possibilidade de um golpe mortal em qualquer momento.
No domingo, tivemos um clássico do futebol entre Vasco e Flamengo, dois clubes que, de alguns anos para cá, têm cultivado entre suas torcidas uma rivalidade exacerbada ao limite da guerra.  Ocorre que, em determinado momento, o técnico do Vasco, Ricardo Gomes, sentiu-se mal - o que posteriormente foi diagnosticado como Acidente Vascular Encefálico - sendo levado de ambulância para um hospital. Nesse instante, deu-se o absurdo de nítidamente se ouvir um grito uníssono de uma parte da torcida do Flamengo: Vai morrer, vai morrer, vai morrer... numa demostração da barbárie que estamos vivendo nos tempos atuais, onde a vida humana tem pouco ou nenhum valor.
Como é moda nas postagens de comentários na Internet aquela mãozinha com o polegar virado para cima ou para baixo, caracterizando uma impressão positiva ou negativa a ser indicada por quem lê a mensagem, parece que o inconsciente coletivo escolheu o polegar virado para baixo, nesse caso optando pela morte do adversário de forma análoga ao que acontecia na maioria dos espetáculos dos gladiadores no Coliseu de Roma.
Precisamos resgatar os nossos valores humanos mais dignos, antes que seja tarde.

Autor: Paulo Roberto Nascimento,

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Passos Sedutores

Passos curtos, ritmados,

Cadência no andar,

Poesia de movimentos derramados pela calçada.

Dança, dançando,

Sem se importar com o "ao redor', na liberdade de ser mulher.

Andar insinuante, sensual, que no seu ritual

Deixa seguidores tontos, errantes, sem rumo...


Autor: Paulo Roberto Nascimento

domingo, 28 de agosto de 2011

Sou assim por inteiro. Me identifiquei com essa letra de Oswaldo Montenegro

Metade
Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho

Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito

Não me tape os ouvidos e a boca

Porque metade de mim é o que eu grito

Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe

Seja linda ainda que tristeza

Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada

Mesmo que distante

Porque metade de mim é partida

Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo

Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor

Apenas respeitadas

Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos

Porque metade de mim é o que ouço

Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora

Se transforme na calma e na paz que eu mereço

Que essa tensão que me corrói por dentro

Seja um dia recompensada

Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso

Que eu me lembro ter dado na infância

Por que metade de mim é a lembrança do que fui

A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria

Pra me fazer aquietar o espírito

E que o teu silêncio me fale cada vez mais

Porque metade de mim é abrigo

Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta

Mesmo que ela não saiba

E que ninguém a tente complicar

Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer

Porque metade de mim é platéia

E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada

Porque metade de mim é amor

E a outra metade também.

O início

O início é sempre a esperança de uma longa caminhada. Espero encontrar pelo caminho aqueles que compartilhem comigo a esperança de um futuro bom.

Alma Verdadeira

Se pareço Para uns, alegre Para outros, triste Para uns, fraco Para outros, agressivo Para uns, falso Para outros, sincero Para uns...