Na plataforma da estação do trem,
encontro-me estacionado, observando o céu,
as luzes artificiais ofuscando-me a visão
das estrelas ao redor.
A majestade da lua-lustre se impondo
e ilustrando a noite,
Leve brisa beijando-me o rosto,
como o pouso dos teus lábios,
apressa-me o coração
pela demora do próximo trem
e a saudade que acelera o meu peito.
Folhas e frutos vi caídos pelo caminho,
sinais de renovação e amadurecimento do nosso amor.
Nesta longa noite, como longas são as noites de Outono,
aguardo ansioso o breve retorno aos seus braços.
Sem gingado no passo,
talvez fora de compasso.
Gíria, nem pensar.
Poucas palavras,
linguagem simples ao falar.
Atitude invisivel, indecifrável,
observador atento, olhando tudo ao redor.
Captando impressões,
com amável cumprimento
tira suas conclusões.
Saindo sem nada dizer,
malandramente sorrindo,
novos caminhos seguindo.
Fêmea de doces segredos revelados no leito,
de meiguice e dengo ao recostar no meu peito.
Fêmea de cheiro gostoso na hora do cio
que preenche por inteiro o meu ego vazio.
Fêmea de olhar brilhante de paixão, tezão, não sei...
ultrapassando os limites de tudo que pensei.
Como em um quadro na moldura do leito,
ao meu toque o seu corpo se inflama,
respiração ofegante... pelos eriçados,
sinto o prazer de ver teus sentidos aguçados.
Na explosão do corpo em convulsões
o silêncio que se faz parece não findar.
Assisto, maravilhado, o teu despertar.
O olhar lânguido, o sorriso puro da minha fêmea,
o movimento preguiçoso ao meu encontro
do corpo da minha alma gêmea.
Autor: Paulo Roberto Nascimento, publicado na página VAMUAÍ, do Facebook. Vídeo extraído do You Tube.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Duas grandes almas: Charles Chaplin e Mahatma Gandhi