domingo, 30 de setembro de 2012

O Próximo dia 7 de outubro

  No próximo dia 7 de outubro teremos as eleições municipais no nosso país.  Com o encerramento das campanhas no rádio, na televisão, nos carros de som ou por meio de panfletagens, ficaremos um pouco em paz para refletirmos que atitude tomaremos no dia das eleições.  Pessoalmente,  fiquei aliviado com aquelas músicas irritantes nos ouvidos que procuram nos impor uma lavagem cerebral e de tão perigosas houve momentos em que tive que chacoalhar o cérebro para parar de ouvi-las.
  É frustrante sabermos que as campanhas não discutiram temas importantes e de interesse da população.  Pelo contrário, tivemos muita propaganda, e só.  Na TV, principalmente, fez-se uso de belas imagens ou depoimentos do tipo "Alice no País das Maravilhas" pelo lado dos partidos da situação, ou de imagens mostrando o contrário pelo lado da oposição.  Palavras e frases antigas como: "fascismo", "o poder nas mãos do trabalhador", "burguês", etc..., tentaram nos vender ideologias há muito sem sentido.  Não precisamos de um Politiburo para nos governar, precisamos participar como cidadãos acompanhando os passos daqueles a quem confiamos um cargo eletivo e cobrando deles atitudes condizentes com tal posição.  Chega de projetos inacabados, frutos de ambições eleitoreiras, tipo: CIEP, CIAC, CAIC, CRIAM, Moreirinha, todos com o objetivo de personificação do autor, criados sem planejamento a longo prazo, talvez propositalmente, para serem substituídos posteriormente por novos projetos e novos gastos com acusações ao antecessor que com o passar do tempo será mais um aliado na luta para derrubar um terceiro que correu por fora.
  O que mais ouvi falar nessa campanha eleitoral de uma boa parte dos candidatos foi que precisamos construir novas creches.  Vai faltar espaço para tanta creche ou haverá uma escassez de mães com filhos para matricular nelas.  Obviamente, mães que trabalhem.
  Já tenho o meu candidato:  foi um que, em vez de dizer que ajudará na criação de empregos, disse que trabalhará por mim.  Já preparei o meu sofá para descansar enquanto ele trabalha por mim.  Pois sim!

Leia mais: Voto Traído
 
Autor do texto: Paulo Roberto Nascimento

sábado, 29 de setembro de 2012

Recordando um grande herói da luta livre

Nesta quinta-feira, 27 de setembro, faleceu Mario Marino, conhecido como Ted Boy Marino, um dos astros do telecath brasileiro na década de 1960.


Nascido na Calábria, região da Itália, em 18 de outubro de 1939, aos 12 anos foi para Buenos Aires, no porão de um navio, junto com os pais e cinco irmãos. Em 1965, chegou ao Brasil, sendo contratado pela antiga TV Excelsior que exibia um programa de Telecatch, onde ele passou a se apresentar e posteriormente o programa passou a ser exibido na TV Globo, sendo um dos programas líderes de audiência na década de 60.

Ainda criança, lembro-me bem das lutas muito bem encenadas, onde tudo era válido em nome do espetáculo lúdico do confronto entre o bem e o mal, quando ao final de tudo, mesmo tendo os lutadores malvados utilizado suas artimanhas e seus golpes sujos: mordida, dedo nos olhos, esfregar limão nos olhos, etc..., a vitória do bem era certa para o delírio dos espectadores – que faziam parte da encenação – e os telespectadores, muitos com a convicção de que tudo aquilo era verdadeiro e escolhendo alguns daqueles lutadores como seus heróis.

Ted Boy Marino era um galã loiro e um ícone da época, recebendo milhares de cartas por semana dos seus fãs. Dentre muitos outros, vale destacar alguns dos reis do ringue que dividiam a cena com Ted Boy: Tigre Paraguaio, Leopardo, Mongol, Verdugo, Tony Videla e Rasputin Barba Vermelha.

Eram tempos difíceis de ditadura e o nosso refúgio era aquela encenação onde habilidosos lutadores até se machucavam na execução dos movimentos previamente treinados, embora não tivessem o objetivo de machucar ninguém. Hoje, as lutas apresentadas na televisão demonstram uma violência fora do comum, talvez significativa de que os tempos mudaram... ou mudamos nós?


Descanse em paz, Ted Boy Marino.

Leia mais em Não estamos no Coliseu



Autor do texto: Paulo Roberto Nascimento.
Vídeo extraído do You Tube.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Onça Pintada


Sou onça pintada,
Marcada.
Cicatrizes do tempo
E da vida,
Da dor que virou ferida.
Marcas das perdas,
Do choro,
Na noite calada,
Da agonia da vida roubada.
Do sofrimento no rosto,
Do olhar triste
Por sobre o leito.
Marcas no pelo,
Marcas no peito.
A onça se esgueira
Em mata fechada,
Apagando sua trilha,
Memória...
Olhando pra frente,
Nova caçada.
Antevendo o embate
Pela vida,
Doída,
Vida marcada.

Autora do texto: Lucia Andrade

Calendário


Sessenta e cinco,
Sessenta e seis,
Sessenta e sete dias marcados no calendário.
Mais um dia sem você.
Como o dependente foge da droga
Eu fujo pra não te ver.
Se eu te ver vou fraquejar
Vou querer te ter.
Vou lembrar da gente,
De como era.
Não vou conseguir resistir.
O vício de você
Vai me chamar
E se eu der o primeiro beijo,
Outros mais eu vou querer.
Quase não saio na rua.
Quando saio volto correndo.
Tranco as portas e janelas,
Fecho os olhos e o pensamento.
Resisto por mais um dia.
Por mais um dia...
Assim eu vou vivendo sem você,
Contando os dias.
Sessenta e oito,
Sessenta e nove,
Setenta...

Google Imagens


Autora do texto: Lucia Andrade

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O Sonho Possível



Voa livre o pensamento.
Sigo o seu rastro.
Seguro?  Não sei.
De tão livre ao sabor dos ventos,
Para onde vai?
Pelos vãos e desvãos dos sentimentos,
Flutuando acima dos picos da emoção,
Em rasante rente ao perigo iminente?
Passageiro do meu instinto, como um Ícaro sem asas de cera,
Vou na cauda do voo desabusado ao improvável
Rumo ao sonho possível.


Autor do texto: Paulo Nascimento, publicado na página VAMUAÍ, do Facebook.

Imagem: http://vidadeicaro.blogspot.com.br









segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Exilado Coração

    Um pequeno comentário sobre o que a Lucia Andrade expôs no seu texto e a música Teresinha, uma canção transformada em Bethânia poesia que soaria comum na voz de qualquer um outro intérprete: o coração sofrido é terreno árido de esperança até que surja um bom semeador.



No meu pequeno coração
Existiam poucas coisas.
Apenas as essenciais:
Família,
Lar,
Amigos,
Um sonho ou dois,
Nada mais.
Do resto não me preocupava,
Conformava-me somente com isso.
Esse tipo de amor me bastava.
No reino do meu coração,
Como o asteroide do Pequeno Príncipe,
Criei meu mundo
E meu exílio.
Após grandes decepções
Preferi caminhar sozinha.
Até que um belo dia
Os portões abertos esqueci.
Um forasteiro entrou de mansinho
E o governo do meu reino perdi.
Mesmo a mais forte barreira
Não impediu o que aconteceu
E o jardim que imaginava morto
Novamente floresceu.

Autora do texto: Lucia Andrade



Música: Teresinha - Autor: Chico Buarque  Intérprete: Maria Bethânia.
Vídeo extraído do You Tube.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

How can I say?

How can I say
Eu quero beijar sua boca?
I want kiss your mouth?
Se for assim,
Me diz que sim.
Yes, Yes, Yes!
Nada de stop,
Take it easy.
Answer only Yes,
Just Yes, I want too.
Kiss me, kiss me now!
Hold me
E esquece o resto,
Everything...
A aula de inglês
Que fique pra depois,
After.
Let´s go,
Delicious teacher.
Larga o livro.
The book is on the table.
Ele ali deve ficar.
Because I...
I go home, and you
Comigo quero levar.


Autora do texto: Lucia Andrade

Rainha, rainha minha

Vou roubar uma nuvem.
Será a nuvem mais linda.
Construirei ali um castelo
E lá vamos morar.
Te farei minha rainha
E todo dia vou te amar.
De beijos vou te cobrir,
Seu sono eu vou velar.
Vou te pedir em casamento,
No colo te carregar.
Expulsarei os sofrimentos,
Sonhos lindos vou te dar.
Te amo desde sempre.
Pra sempre assim
Pra mim será.
Tendo você do meu lado
Tudo é lindo,
Tudo é perfeito,
Qualquer sonho se torna real.
A vida fica colorida,
Todas as dores ficam pra trás.
Rainha, Rainha minha,
Mulher da minha vida,
Dona da minha existência,
Luz que tanto preciso,
Alma da minha alma,
Essência da minha essência.


Autora do texto: Lucia Andrade

domingo, 9 de setembro de 2012

90 anos do Rádio no Brasil


Imagem: http:www.focandonanoticia.com.br

  No último dia 07 de setembro, além da comemoração pelo Dia da Independência do Brasil, tivemos a comemoração dos 90 anos da primeira transmissão radiofônica oficial feita no Brasil, que foi o discurso do presidente Epitácio Pessoa junto com alguns acordes da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes.  O discurso foi feito numa exposição, na Praia Vermelha - Rio de Janeiro e o  transmissor de 500 Watts foi instalado pela Westinghouse Eletric Co., no alto do Corcovado.
  Desde então, o invento criado verdadeiramente pelo padre-cientista Roberto Landell de Moura, que patenteou o transmissor de ondas sonoras, em 1904, tem nos trazido informação, diversão e muita emoção.      Eu sou um fã desse veículo de comunicação. 
  A partir da inauguração da primeira emissora de rádio do Brasil a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, por Roquette Pinto, seguiram-na a Rádio Mairynk Veiga, a Rádio Educadora, e estações em São Paulo, na Bahia, no Pará e em Pernambuco.
  Pelos nossos ouvidos desfilaram entre outros: o Programa César de Alencar, o Repórter Esso e a novela de maior sucesso radiofônico - O Direito de Nascer - com Paulo Gracindo no papel do médico Albertinho Limonta.  Entre os seriados de aventura Jerônimo, o herói do sertão, foi o mais famoso.  As sonoplastias, com os mais variados e estranhos instrumentos materializavam os sons e ruídos que viajavam na nossa imaginação e nos colocavam dentro da história contada pelo autor.  Eu me lembro do "Incrível, Fantástico, Extraordinário" que, quando criança, me causava arrepios de tão perto do real na sua transmissão. 
  Por esse veículo também nos encantaram as vozes de cantores como:  Francisco Alves, Silvio Caldas, Carlos Galhardo, Orlando Silva, Luiz Gonzaga, Cauby Peixoto, as irmãs Carmem e Aurora Miranda e Dircinha e Linda Batista, Marlene, Emilinha Borba, Ellen de Lima, Dóris Monteiro, Ângela Maria, Claudia Barroso e Adelaide Chiozzo, só para citar alguns.
Hoje, mesmo com o surgimento da televisão e da internet, o rádio se modernizou e continua sendo um importante veículo de comunicação e entretenimento.

  Coincidentemente, nesta semana, no dia 5 de setembro, o cantor Freddie Mercury, se estivesse vivo, completaria 66 anos.  Farrokh Bulsara, seu nome verdadeiro, nascido na Cidade de Pedra de Zanzibar - à época uma colônia da Inglaterra, foi vocalista da banda britânica de rock Queen e nos deixou em novembro de 1991, vítima de AIDS.  
  No vídeo abaixo explico a coincidência pela tradução da letra da música Radio Ga Ga, onde se fala da importância do rádio em nossas vidas.  Rádio, alguém ainda te ama e eu sou esse alguém. 

Autor do texto: Paulo Nascimento

Fontes:
http://oglobo.globo.com/cultura/

http://www.mlm.landelldemoura.qsl.br/



Vídeo extraído do You Tube - Música: Radio Ga Ga - Queen - Letra Roger Taylor.


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Lavagem cerebral

Único.
Indivíduo.
Direito.
Humano.
Livre.
Pensamento.
São.
Sistema.
Constitucional.
Opressão total.
UAU!
Monólogo irracional,
Em uma procura antinatural,
De uma ligação paranormal,
Como um quadro surreal,
Em uma postura antissocial,
Quase contato sobrenatural,
Virei elemento banal,
Na sociedade desigual,
Que quer me tornar igual,
Mais um etcétera e tal,
Com seu modo boçal,
Massificando geral,
Conspiração institucional,
Propaganda infernal,
Em sua constante
Lavagem cerebral.

Autora do texto: Lucia Andrade

Pajem de Mim


Como pajem,
A ti dediquei cada momento de todos os meus momentos.
Bebi cada palavra por ti proferida:
As sãs e as que, nem notaste, abriram profunda ferida.
Talvez não compreendesses a minha dedicação,
Não ouvias meus sentimentos,
Os meus silêncios repetidos, meus mudos apelos.
Sem calor no leito, ou soluções no divã,
Feita a constatação procurei abrigo na minha solidão.
Perdoa-me, mas preferi sentir o frio da manhã
E ser pajem de mim mesmo.

Autor do texto: Paulo Nascimento

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Rara iguaria

Tem pinta de cafajeste,
Bonito e gostosinho.
Bem se vê, não vale nada.
Como eu gosto, no jeitinho.
A roupa é de marca.
Totalmente alienado.
Faz o tipo inteligente
Mas é só papo furado.
Finjo que dou atenção
Pois quero provar da fruta.
Entro no jogo dele,
Consigo, vazo e vou à luta.
Os papéis se inverteram,
Também existe mina malandra.
Só leva à sério quem merece.
Cafajeste ela vê, pega e se manda.
E o carinha que era esperto,
Se achando o garanhão,
Levou atestado de otário,
Ficou chupando limão.
Corpo gostoso se acha fácil,
Mas homem interessante e sincero
É como rara iguaria.
Que a mulher deseja, dá valor
E sonha encontrar um dia.

Autora do texto: Lucia Andrade


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Sou Mulher e não Troféu


Também posso sumir,
Desaparecer na calada da noite.
Te deixar no vazio,
Dar-te a solidão como açoite.
Tão seguro de si,
Achou que eu comia em sua mão.
Sem jamais imaginar
Que ainda sou dona do meu coração.
Não sou brinquedo de ninguém
Por mais que se venha a gostar.
Estar contigo é sempre bom
Mas não esqueci de me amar.
Com meus sentimentos não jogue,
Sou mulher e não troféu.
Trate-me com respeito
Pra não provar do meu fel.
Quando enfim amadurecer
Venha me procurar.
Torne-se um homem de verdade
Pra que eu possa te amar.


Autora do texto: Lucia Andrade
Música: Mais que a Mim - Ana Carolina com participação especial de Maria Gadú.
Vídeo extraído do You Tube.


Imaginatio

Letras solitárias, aparentemente frias.

Na junção do jogo de palavras

Transbordam sonhos, aventuras, fantasias.

Um vasto mundo de paisagens, descrições e personagens com suas máscaras e revelações

Viajando pelo nosso pensamento, instigando nossas emoções .

A cada virada de página

Novos cenários, mocinhos e vilões dançam em nossas mãos.

Os autores gotejando na nossa imaginação o surreal e o real de suas criações.

Aceito o convite para beber dessa fonte de seres inspirados.

Universo de encanto e magia declarados.


Autor do texto: Paulo Nascimento.  Publicado na página VAMUAÍ, do Facebook.

Imagem: Google Images - site: livroseafins.com.br




Alma Verdadeira

Se pareço Para uns, alegre Para outros, triste Para uns, fraco Para outros, agressivo Para uns, falso Para outros, sincero Para uns...