quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dia D, de Drummond

  Hoje, acordei sentindo algo diferente no ar.  Levantei preguiçosamente e me diriji à janela para admirar a mesma paisagem cotidiana.  É, havia algo diferente no ar, sim!  Era a poesia eterna de Drummond salpicada por todos os lados.
  Não, o dia não estava diferente dos demais nem a paisagem mudou.  Eu que adormecera como simples mortal e acordara poeta, inspirado na imortalidade poética do imortal poeta.

Vamos Comemorar o dia D?

Na comemoração dos 110 anos de nascimento do grande poeta Carlos Drummond de Andrade, extraí o texto abaixo do site:  http://diadrummond.ims.uol.com.br/#box7, do Instituto Moreira Sales, de onde partiu a iniciativa de criar o dia D, de Drummond:

"Espalhe-se a ideia: dia 31 de outubro, data de nascimento de Carlos Drummond de Andrade, é dia de grande comemoração.
Nas escolas, universidades, livrarias, bares, museus, TVs, rádios, centros culturais e mesmo em solidão, não importa onde e como, que todos se lembrem de festejar Drummond e a sua poesia.
Um outro dia D, para apagar a guerra e saudar a liberdade, a imaginação, a aliança entre os homens de boa palavra.
Dia de festa, para a qual outros poetas devem ser convidados, claro. D é dia de todos, dia dado de bom grado por aquele que nos deu A rosa do povo, Claro enigma, A vida passada a limpo e tantas outras maravilhas."



Autor do texto: Paulo Roberto Nascimento
Imagem extraída do site: http://diadrummond.ims.uol.com.br/#box7

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A Estrela de Jeremias - Lucia Andrade na Amazon.com

Jeremias, menino de 10 anos, filho de trabalhadores de uma casa de farinha em Pernambuco, passa a morar na casa do patrão de seus pais, um influente fazendeiro da região, que, iludindo ao humilde casal, acaba ficando com o menino e sua irmã. Após algum tempo, o homem passa a abusar do garoto que tenta de todas as formas se livrar das garras do homem e assim, vai parar em uma unidade da Fundação Casa. Depois de um breve encontro, uma psicóloga passa a tentar ajudá-lo a conquistar novamente a liberdade e vencer todos os seus traumas.


“Ainda existem lugares em que a moeda mais forte se chama miséria.”
Jeremias


Acesse o link para o site da Amazon e adquira o seu exemplar:
E-book A Estrela de Jeremias

Sobre a autora do livro:

Lucia Andrade nasceu no Rio de Janeiro em 20 de Novembro de 1965. Aos quatro anos soube que tinha Anemia Falciforme, doença congênita, genética e hereditária que afeta a hemoglobina do sangue. Ainda na infância, devido às crises constantes e internações, ela passou a desenhar e, mais tarde, na adolescência, começou a escrever, chegando a vencer alguns concursos de redação na escola.

Foi também na adolescência que descobriu sua vocação para o voluntariado, exercendo atividades em diversas associações, movimentos e organizações não-governamentais. Foi Conselheira Distrital de Saúde-AP1/RJ, Conselheira Estadual para Política de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CEPDE/RJ, Educadora Social, Palestrante com uma breve passagem pelo Centro de Teatro do Oprimido, de Augusto Boal.

Foi convidada pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher – CEDIM/RJ para falar nas comemorações do Dia Internacional da Mulher de 1996, juntamente com outras mulheres portadoras de deficiência e patologia.

Participou dos grupos de trabalho que reivindicavam a realização do Teste do Pezinho para a detecção precoce da Anemia Falciforme, o que hoje é uma realidade e do qual seu filho usufruiu ao nascer.

Em 2005, após uma séria crise e o agravamento do seu quadro de saúde, ela foi obrigada a interromper suas atividades e dedicar-se aos desenhos, grafites e ao sonho de escrever. Cinco anos depois, quatro títulos estão completos, aguardando publicação: DEZ COISAS PARA FAZER (romance), PALAVRAS AO VENTO (poemas), ARCO-ÍRIS SOBRE CINZA (poemas) e A ESTRELA DE JEREMIAS – romance que tirou o primeiro lugar no Prêmio Jorge Amado no Concurso Internacional de Literatura promovido pela União Brasileira de Escritores/RJ em 2009. Em agosto de 2010 foi lançada a Antologia FALANDO DE AMOR na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo da qual ela participou com a crônica DECLARAÇÕES DE AMOR COTIDIANAS.



Minha prima Lucia Andrade -
escritora e bloqueira

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Lançamento do livro do Mário Brum

Acesse o link para o Facebook do evento




Cidade Alta: História, memórias e estigma de favela num conjunto habitacional do Rio de Janeiro




Local: Ambre Cuisine Bar - Rua Visconde de Silva 21 - Botafogo, 2227-1091 Rio de Janeiro - RJ
Data: 30 de outubro de 2012 - De 18:00 até 22:00h.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Aos Mestres com Carinho

    Hoje, nesse dia tão especial de homenagem ao Dia do Professor, ouvindo o comentário de Mario Sergio Cortella, na Rádio CBN, sobre a valorização da atividade docente, me veio a lembrança dos meus mestres, desde a Maria Eduarda e Dedé, na minha infância - quando me alfabetizaram antes que eu frequentasse a escola regular, até os meus mestres da Escola Arthur Ramos e Colégio Jockey Club, na Gávea.  Lembro alguns nomes como a Vó Julieta, a diretora, com seus cabelos grisalhos e sempre muito bem arrumados e seu jeitinho de vovó, vovó mesmo, ao lidar com os pequeninos.  As professoras, todas chamadas de Tia, de quem me recordo são: Maria Lúcia, Sonia Campagnac, Marília, Minalda, Marilena e me incomoda o fato de não lembrar de outros nomes, o meu senso de justiça foi traído pela perda de parte dessa memória.
    Trago comigo um carinho muito especial ao lembrar de suas lições, tanto as acadêmicas quanto aquelas que nos deram segurança no crescimento como seres humanos no dia a dia, complementando a educação que já trazíamos de casa.
     Entre os meus guardados tenho uma foto da minha Segunda Série na Escola Jockey Club que me ajuda a relembrar dos meus colegas da época e de quanto foi boa a minha experiência estudantil no Primário.
     Aos mestres, todos eles, reconhecendo-os como verdadeiros Dom Quixote de La Mancha a combaterem moinhos de vento nessa falta de estrutura em que convivem, rendo as minhas homenagens.

Autor do texto: Paulo Nascimento.


Ouça o texto baixado em: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/mario-sergio-cortella/2012/10/15/A-VALORIZACAO-DA-ATIVIDADE-DOCENTE.htm





 Foto da minha Segunda Série Primária.  Arquivo pessoal.

Tenho  saudade dessa turma

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Quero ver teu rosto Senhor

Teu rosto, Senhor,

Como é?

Quis responder essa pergunta

E fui te procurar.

Todos falam de você

Mas quantos já te viram?

Fui ao seu templo

Pra te achar.

Lá, vi muito ouro,

Riqueza.

Palavras bonitas,

Gente vaidosa,

Soberba.

Hinos lindos,

Bem cantados.

Atos nobres

Não praticados.

Um templo enorme,

Lindos vitrais.

Olhei para fora,

Ao redor,

Vi a pobreza de perto.

Onde você estava?

Lá dentro

Ou lá fora?

Me senti traído,

Era tudo mentira,

Você não existia.

Se existisse,

Seria mais justo.

Se coloca na boca de teus filhos

Mas não os faz mais humanos.

Nesse momento de revolta,

Uma lágrima me escapou,

Caiu sobre uma flor

Perfeita,

Que parecia bailar.

Indiferente à pobreza do lugar,

Indiferente à riqueza do templo.

Compreendi tudo.

Percebi o teu sinal.

Era ali que você estava,

Aquela era a tua face,

Uma de tuas faces.

E o teu sorriso

Está no meu sorriso

E espalhado em todos os lugares,

Ricos ou pobres.

Está à mostra para todos

Que abram os olhos do coração para ver,

Para crer.

Teu rosto é lindo, Pai.

É belo e perfeito.

E eu não preciso de nada

Para ver você.


Autora do texto: Lucia Andrade
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons-Sem Derivados 3.0 Não Adaptada,

Paradoxo Insistente

Imagina se eu cheirasse,

Se fumasse, se bebesse...

Estopim de uma bomba

Que já veio ao mundo

Pronta pra explodir.

No momento da criação

Passei na fila da energia

Umas mil vezes.

Não sei se sou mulher,

Cachorro com raiva

Ou rojão

Que voa rumo ao céu,

Explode,

Colore,

E volta pro chão.

Orgasmo à flor da pele,

Olhar fatal de falcão.

O Criador assim me fez

E eu não consegui mudar

Em uma overdose de vida

Que ninguém consegue aceitar.

Bicho solto, bicho estranho,

Paradoxo insistente.

Peixe fora d´água,

Alienígena, monstro,

Simplesmente diferente.


Autora do texto: Lucia Andrade.
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons-Sem Derivados 3.0 Não Adaptada.


Alma Verdadeira

Se pareço Para uns, alegre Para outros, triste Para uns, fraco Para outros, agressivo Para uns, falso Para outros, sincero Para uns...