domingo, 30 de dezembro de 2012

Aos amigos que acompanharam o nosso blog até hoje, meus desejos de Feliz Ano Novo com muita SAÚDE, PAZ e PROSPERIDADE.  Ainda ouso sonhar e acreditar. 



Música: Imagine - John Lennon.  Vídeo extraído do You Tube.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A casa mais bela

Dei a você a casa mais bela,

O lugar mais bonito.

Flores na janela,

Frutas no pomar,

Água fresca em cascata,

Mas dela não consegue cuidar.

Mata-se a si mesmo,

Destrói teu próprio lar.

Tuas mãos têm espinho,

Tudo há de te faltar.

Vai dizer que sou injusto.

Que fiz para te punir,

Mas não fui eu o causador.

Você mesmo se priva

Das maravilhas que te dei.

Do oceano que te banhava,

Do sol que te aquecia,

Da lua que te embalava,

E de mim que era seu guia.

A minha imagem pode ter

Mas não se assemelha a mim.

Eu jamais destruiria

O que me dá vida,

O que me alimenta,

No corpo e no espírito.

Renega o teu Pai,

Renega seus irmãos,

Queima o seu paraíso.

O que pretende colher?

Ainda pode mudar seu futuro

Se do seu planeta cuidar.

Aprenda a semear a vida,

Pelas espécies comece a zelar,

E lembre-se, meu filho,

Do seu lado estarei

Sempre que meu nome chamar.

Autora do texto: Lucia Andrade

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A arte é livre

Não tente me ditar o ritmo da música.

Eu sou o artista,

A obra é minha,

Dou-lhe a entonação que quiser.

Pode ser hard, soft, metal,

No estilo que couber,

Ou que minha inspiração me der.

Existem sete notas musicais

Que para mim

São sete vezes setecentos,

Ou quantas meu violão deixar.

Todas que a minha voz

Ousar cantar.

Outras mais que eu puder imaginar.

Nas partituras do meu vício

De musicar

A vida,

O passado

Ou o futuro que virá.

Um artista não se prende à lógica,

Desconhece o impossível,

Mecanismo de bitolar.

Ele dá vida à arte,

Canta o que quer cantar.

Tem na alma a versatilidade

De ouvir o que o som

Quer lhe falar.

Autora do texto: Lucia Andrade

Incólume

Quisera eu guardar-te novamente

Em meu ventre,

Casulo seguro,

Redoma perfeita.

Quisera eu proteger você

Desse mundo cão.

Entendo agora a dor do parto.

É a dor de ter de dar ao mundo

Nossa carne,

Pedaço do nosso corpo,

Nossa própria alma.

É a dor de não poder guardar

Dentro de si

O tesouro mais precioso,

Depois de ter gerado.

A dor de carregar dois corações.

E sentir para sempre

As alegrias,

As tristezas,

As descobertas,

Do seu e do outro

Que já não é mais seu.

Dois corpos em um só corpo

E ter de entregar um deles

À sorte.

Quisera eu que voltasse

Pra dentro de mim.

E ali ficasse escondido,

Incólume,

Só meu.


Autora do texto: Lucia Andrade

sábado, 15 de dezembro de 2012

Caminhos tortuosos

Nem sempre o caminho certo

É o mais fácil.

Quase nunca é.

É difícil tomar as decisões corretas.

Ser correto é difícil.

Parece que você é o errado

Quando quer fazer o certo.

Geralmente é doloroso,

Quase sempre é,

Fazer o mais acertado.

Escolher não o meio certo,

Ou o meio errado,

Mas o correto,

De verdade.

Que nem sempre é o caminho reto,

Quase nunca é.

Geralmente o caminho tortuoso

É o correto.

E o reto,

É o errado.

Mas se você consegue,

Ao final da sua luta interna,

Seguir o melhor caminho,

O certo,

Continue por ele,

Persevere nele,

Acredite nele.

Na reta de chegada,

Quando olhar para trás,

Terá a certeza

De que fez

A escolha certa

Indo ao encontro de Deus.

Autora do texto: Lucia Andrade

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A chama se apagou

Quantos anos tenho?

Não os tenho mais.

Ficaram no passado.

O que o futuro me traz?

Não há mais esperança

De um grande amor encontrar.

Resta somente a lembrança

Do tempo de acreditar.

Acreditar não mais existe,

A chama se apagou.

Os sonhos foram mortos.

O desânimo os matou.

Quantos anos virão?

Não tem como eu saber.

Já não conto mais em anos

Conto os sóis que vejo nascer.

Autora do texto: Lucia Andrade

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Uma porção de tempo

A resistência está chegando ao fim.

O fôlego está acabando.

Me agarro tenazmente

Ao que ainda me resta:

Meu fruto,

Meus sonhos.

Uma hora,

Muito próxima,

O corpo dirá:

Cansei.

Basta!

Me agarro à corda que me prende.

Tento manter-me de pé.

Afundo mais.

O futuro sombrio se apresenta.

O fechar dos olhos

É iminente.

Um assunto pendente,

Dependente.

Ainda não.

Mais um dia,

Uma semana talvez.

Uma gota de sangue,

A cura.

Uma solução mandada pelos céus,

Qualquer coisa.

Mesmo que seja

Só mais uma porção de tempo.

Autora do texto: Lucia Andrade

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Música e cor para o mundo

A música cortou o ar.

A cor pintou a nudez dos muros.

Música e cor para o mundo.

Um mundo mais rico,

Mais bonito,

Mais feliz.

Notas musicais em cores vivas.

Cores pintadas em forma de som.

Todos dançando na rua,

Cantando a vida em um só tom.

Casas aquareladas,

Sorrisos abertos,

A cor explode no muro,

O som ecoa no ar.

E o mundo não é mais o mesmo.

Música pra ouvir,

Tinta pra pintar,

Motivos pra sorrir,

Um novo mundo pra contemplar.


Autora do texto: Lucia Andrade

Leia também: A Estrela de Jeremias, Lucia Andrade na Amazon.com

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Remédio pro coração

Sonhar com a felicidade

E crer nesse sonho todo dia.

Ter na boca a palavra mais doce,

Mesmo em meio à angústia,

Mesmo que a dúvida se faça.

Dar sempre o primeiro passo

Para trazer de volta o sorriso,

Cobrir a união de paz.

Qualquer que seja o desfecho

A lição do amor sempre acrescenta.

É riqueza que não se perde,

É o bem que um dia retorna,

Remédio pro coração.

Autora do texto: Lucia Andrade

domingo, 9 de dezembro de 2012

A balalaica do Gagarin

Enchi a cara de vodca

Em uma deprê de dar gosto.

Queria você de volta

Desesperada

E urgentemente.

Precisava me embriagar do teu gosto

Mas não tinha você comigo.

E depois de muitos copos

Da forte bebida russa,

Já não sabia onde estava.

Se o que bateu na minha nuca

Foi o Sputnik

Ou uma balalaica.

Alguma coisa eu ouvia,

E via tudo rodar.

O Lênin fazendo discurso?

Ou o Gagarin à aterrissar?

Caí de cara na Praça Vermelha.

Acordei no dia seguinte

Em uma tremenda Perestroika.

Sozinho, sem você.

Doutor Jivago sem Lara.

O copo caído no chão,

A cabeça explodindo de dor.

E o coração gelado,

Morto,

Afogado em um balde de gelo,

No gelo siberiano.

Autora do texto: Lucia Andrade

Coração teimoso

Nada impede que eu te ame,

Nem mesmo o fato de você

Comigo não estar.

Isso é somente um detalhe

Que meu coração quer ignorar.

Tive você,

Sua pessoa,

Hoje não tenho mais.

Impossível é dizer ao meu coração

Que tudo isso ficou pra trás.

O amor apenas brota

Sem motivo, sem razão.

E tentamos buscar lógica

Onde não há explicação.

Não vou amordaçar

O que o amor tem pra dizer.

Eu te quero e quero mesmo

Sem vergonha de querer.

Amar é tão bonito

Independente de se ter.

Ter já é questão de posse,

Mania de prender.

O amor puro

Liberta,

Somente é, nada mais.

Não pede nada em troca.

Chega, fica

E não desiste jamais.

Autora do texto: Lucia Andrade

Alma Verdadeira

Se pareço Para uns, alegre Para outros, triste Para uns, fraco Para outros, agressivo Para uns, falso Para outros, sincero Para uns...