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Mostrando postagens de setembro, 2011

A alegria da coroa do 456

Há alguns dias, durante viagem na linha 456 - Abolição-General Osório, enquanto lia minhas apostilas do curso de pedagogia, desviei minha atenção para uma senhora de aproximadamente uns sessenta anos, bem vestida, de óculos escuros, com fones nos ouvidos, parecendo ouvir uma música muito alegre pelo fato de fazer movimentos labiais como se estivesse a cantá-la e dançando como se tivesse sido transportada para uma outra dimensão, numa solitária alegria onde cantar, dançar, alheia ao mundo, lhe dissesse mais que as notícias do cotidiano nos jornais. Que música era essa que transformava, por um momento, a vida dessa senhora? Seria um antídoto contra o veneno que nos corrói no dia-a-dia, quando a nossa incapacidade de encontrar alegria, de ficar imunes aos acontecimentos ruins nos torna fracos e descrentes de nós mesmos? Infelizmente, ela desceu antes que eu pudesse lhe pedir a fórmula de tão desejado bálsamo.  Porém, como se propagada pelo ar sua alegria me toco...

Ponta Negra

Da janela deste apartamento vejo o intenso movimento do teu Verão. Da rede que balança avisto o que o olhar alcança e tudo me chama a atenção. Uma pequena praça, a bela passeando sua graça, o bronze na pele que brilha ao Sol Tua igrejinha azul, um toque a mais de beleza nessa natureza que me deixa extasiado. Divago sobre a possibilidade, só em sonho, é verdade, de registrar-te na mente como uma fotografia. Mas, Ponta Negra, refletindo melhor, tua paisagem é a majestade a quem os meus olhos súditos fazem reverência. Querer te ver imóvel em foto é, no mínimo, incoerência. Autor: Paulo Roberto Nascimento, durante um passeio em Ponta Negra-Maricá.