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Trapaça ou lição?

Em uma das empresas onde trabalhei, durante o intervalo para o almoço, tínhamos o costume de jogar sueca, um jogo de cartas bastante popular. Não havia nada em aposta; era apenas entretenimento. Às vezes, alguns mais competitivos não se conformavam com certas derrotas, mas nada de mais acontecia. Em uma dessas ocasiões, eu estava jogando com um parceiro contra dois colegas, sendo que um deles era daqueles sujeitos metidos a esperto, sempre se vangloriando de suas vitórias. Ocorre que, ao final da partida, aconteceu a contagem de cartas para determinar a dupla vencedora. Eu, que tinha por hábito contar minhas cartas mentalmente e de forma rápida, observei que tínhamos perdido por dois pontos de diferença, mas aguardei a contagem do meu adversário, que contava alto e devagar, afirmando que haviam ganhado. Ao final, decepcionado, ele disse que tínhamos empatado, mas, como sempre fui um bom observador, notei que uma das cartas – um rei que valia quatro pontos – ele havia atribuído o valor ...

Alma Verdadeira

Se pareço Para uns, alegre Para outros, triste Para uns, fraco Para outros, agressivo Para uns, falso Para outros, sincero Para uns, sem graça Para outros, belo Para uns, comum Para outros, inconfundível A todos... uns e outros, Sem levar em conta seu julgamento Responderei com o mesmo sorriso permanente Que vem da minha alma, verdadeiramente. Autor: Paulo Roberto Nascimento

Equipamentos melindrosos

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Certo dia, no setor em que trabalho, um colega efetuava uma revisão na copiadora multifuncional que tinha apresentado problema de funcionamento. Ao final de vários procedimentos rotineiros ela voltou a funcionar sem que tivesse sido identificado o motivo. Talvez uma pequena manha do equipamento, comentamos, antes que ele se retirasse.   Esse fato me fez lembrar outra ocasião quando me encontrava na fila do correio, precisamente na agência Primeiro de Março, conversando com uma das pessoas que estavam na fila comigo e nos deparamos com um acontecimento curioso: a máquina seladora da agência parou de funcionar repentinamente. A funcionária da agência fez algumas tentativas para resolver o problema, sem obter êxito. Providencialmente, ela chamou a colega que estava mais próxima que, também, não conseguiu solucionar o problema, sugerindo então: - Chama a fulana que ela entende disso. A fulana citada foi chamada e, com ares de entendida, examinou a máquina sob vários ângulos ...

Letra e Música

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Eu era o dia Você a noite. Eu era a tinta Você o desenho. Eu era a letra Você a música. Eu era a rima Você o tom. Eu era o fogo Você a água. Eu era o ar Você a terra. Eu era o sol Você a chuva. Éramos o par perfeito. Um completava o outro. Tudo se encaixava. No entanto, Eu era a alegria Você a tristeza. Eu era o sorriso Você a lágrima. Eu era a certeza Você a dúvida. Eu era a verdade E você... Você continua sendo a mentira. Música: Ilusion.  Marisa Monte e Julieta Venegas. Vídeo extraído do You Tube.

Pessoas Sugestionadas

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Pessoas Sugestionadas Pessoas sugestionadas são mentes massificadas: Indivíduos que não têm força ou opinião, Nem o hábito de checar informação; Compram e vivem conforme o que é mostrado Na mídia, principalmente na televisão. São cidadãos que não têm vontade De agir segundo a própria consciência E conforme sua plena decisão. Sempre vão buscar e querer O que se mostra mais fácil: Que é o de agir e pensar De acordo com a multidão Por medo da tão temida exclusão. E por isso mesmo a opinião alheia Sempre será sua maior e invisível prisão; E ser massa de manobra Será sua grande e suprema premiação Autor do texto: Sidney Machado. Poema registrado no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional.                         Música: Comportamento Geral.  Autor: Gonzaguinha.  Vídeo baixado do You Tube Leia, também:  O Povo e o Polvo                 ...

Acerte o passo

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Começamos uma vida a dois Mas o agora ficou pra depois Pensava ter um amigo Vi que agora não conto contigo Na minha conta não existe fracasso É melhor acertar esse passo Dança comigo, senão você dança. Como um filme que termina sem graça Assim a nossa vida passa Não posso prever o futuro Mas não vou dar um tiro no escuro Precisamos encontrar um caminho Dança certinho ou sai de fininho. Dança comigo, senão você dança. Texto: Paulo Nascimento Maria - Acabou

Na casamata da tua mansão

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Teu carro é possante, Sua casa é bem legal. Você finge que ignora Que existe um mundo marginal. Que você, cidadão ilustre Dessa sociedade desigual, Fez questão de colocar à margem Mas ele tá invadindo o teu quintal. A sua ilha tá afundando. O mar de miséria crescendo. No meio do fogo cruzado É você quem tá morrendo. Na casamata da sua mansão, Nas barricadas do condomínio, Até quando vai impedir a queda Do seu poder em declínio? Invista em um belo cenário Cheio de luxo e riqueza. Construa seu império Sobre o aterro da pobreza. Não finja que o problema não é seu A bomba está prestes a explodir. A guerra já começou O que vai fazer pra impedir? Autora do texto: Lucia Andrade, publicado na página VAMUAÍ do Facebook.  Vídeo extraído por Paulo Nascimento no You Tube.