Trapaça ou lição?
Em uma das empresas onde trabalhei, durante o intervalo para o almoço, tínhamos o costume de jogar sueca, um jogo de cartas bastante popular. Não havia nada em aposta; era apenas entretenimento. Às vezes, alguns mais competitivos não se conformavam com certas derrotas, mas nada de mais acontecia. Em uma dessas ocasiões, eu estava jogando com um parceiro contra dois colegas, sendo que um deles era daqueles sujeitos metidos a esperto, sempre se vangloriando de suas vitórias. Ocorre que, ao final da partida, aconteceu a contagem de cartas para determinar a dupla vencedora. Eu, que tinha por hábito contar minhas cartas mentalmente e de forma rápida, observei que tínhamos perdido por dois pontos de diferença, mas aguardei a contagem do meu adversário, que contava alto e devagar, afirmando que haviam ganhado. Ao final, decepcionado, ele disse que tínhamos empatado, mas, como sempre fui um bom observador, notei que uma das cartas – um rei que valia quatro pontos – ele havia atribuído o valor ...