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A alegria da coroa do 456

Há alguns dias, durante viagem na linha 456 - Abolição-General Osório, enquanto lia minhas apostilas do curso de pedagogia, desviei minha atenção para uma senhora de aproximadamente uns sessenta anos, bem vestida, de óculos escuros, com fones nos ouvidos, parecendo ouvir uma música muito alegre pelo fato de fazer movimentos labiais como se estivesse a cantá-la e dançando como se tivesse sido transportada para uma outra dimensão, numa solitária alegria onde cantar, dançar, alheia ao mundo, lhe dissesse mais que as notícias do cotidiano nos jornais. Que música era essa que transformava, por um momento, a vida dessa senhora? Seria um antídoto contra o veneno que nos corrói no dia-a-dia, quando a nossa incapacidade de encontrar alegria, de ficar imunes aos acontecimentos ruins nos torna fracos e descrentes de nós mesmos? Infelizmente, ela desceu antes que eu pudesse lhe pedir a fórmula de tão desejado bálsamo.  Porém, como se propagada pelo ar sua alegria me toco...

Ponta Negra

Da janela deste apartamento vejo o intenso movimento do teu Verão. Da rede que balança avisto o que o olhar alcança e tudo me chama a atenção. Uma pequena praça, a bela passeando sua graça, o bronze na pele que brilha ao Sol Tua igrejinha azul, um toque a mais de beleza nessa natureza que me deixa extasiado. Divago sobre a possibilidade, só em sonho, é verdade, de registrar-te na mente como uma fotografia. Mas, Ponta Negra, refletindo melhor, tua paisagem é a majestade a quem os meus olhos súditos fazem reverência. Querer te ver imóvel em foto é, no mínimo, incoerência. Autor: Paulo Roberto Nascimento, durante um passeio em Ponta Negra-Maricá.

Registro de sonhos

Com uma caneta não se constroem sonhos, mas o muito que eles representam é registrado para sempre. É indelével. O real e o imaginário... O imaginário e o real... O que transporto para o papel é o que na mente se perderia. Na mente divaga o que no papel se concretiza. Adoro os livros! Abri-los é dar liberdade aos sonhos de alguém que um dia assim desejou lhe dar asas. O que ficou sufocado na alma transportou-se para o papel: desabafo, fantasia, realidade... Autor: Paulo Roberto Nascimento

Não estamos no Coliseu

No último fim de semana, tivemos dois acontecimentos que de alguma forma se relacionaram, aliás, de forma assustadora. No sábado,  o UFC (Ultimate Fighting Championship), realizado no Rio de Janeiro, me chamou a atenção pelo fato de mesmo não sendo um apreciador desse esporte, estando em um restaurante com a minha mulher, ter observado as reações das pessoas presentes nesse ambiente aplaudindo cada ato de violência da luta que a televisão mostrava, pouco se importando com o ser humano que ali estava sendo submetido a pancadaria.  Nesse dito esporte um oponente pode socar o adversário na cabeça, mesmo caído, o que configura a possibilidade de um golpe mortal em qualquer momento. No domingo, tivemos um clássico do futebol entre  Vasco e Flamengo , dois clubes que, de alguns anos para cá, têm cultivado entre suas torcidas uma rivalidade exacerbada ao limite da guerra.  Ocorre que, em determinado momento, o técnico do...

Passos Sedutores

Passos curtos, ritmados, Cadência no andar, Poesia de movimentos derramados pela calçada. Dança, dançando, Sem se importar com o "ao redor', na liberdade de ser mulher. Andar insinuante, sensual, que no seu ritual Deixa seguidores tontos, errantes, sem rumo... Autor: Paulo Roberto Nascimento

Sou assim por inteiro. Me identifiquei com essa letra de Oswaldo Montenegro

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Metade Oswaldo Montenegro Que a força do medo que tenho Não me impeça de ver o que anseio Que a morte de tudo em que acredito Não me tape os ouvidos e a boca Porque metade de mim é o que eu grito Mas a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe Seja linda ainda que tristeza Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada Mesmo que distante Porque metade de mim é partida Mas a outra metade é saudade. Que as palavras que eu falo Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor Apenas respeitadas Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos Porque metade de mim é o que ouço Mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora Se transforme na calma e na paz que eu mereço Que essa tensão que me corrói por dentro Seja um dia recompensada Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos...

O início

O início é sempre a esperança de uma longa caminhada. Espero encontrar pelo caminho aqueles que compartilhem comigo a esperança de um futuro bom.