O primeiro apelido lhe foi dado pelo próprio pai: "lambreta". Nunca se soube na família a razão do apelido; talvez nem mesmo o pai pudesse explicá-lo. Depois, no colégio, devido à baixa estatura e ao fato de ser sempre o primeiro nas formações em fileira, passaram a acrescentar o sufixo "inho" ao seu nome. Esse apelido o acompanhou até hoje. A maior experiência que teve com apelidos foi ao trabalhar em uma fábrica de lingerie. Ao ser recepcionado pelos futuros colegas, um deles, que viria a se tornar seu melhor amigo, desfiou diante dos demais uma lista de apelidos: "salgadinho de casamento", "motorista de carro de bandido", "salva-vidas de aquário", "porteiro de boate infantil" e outros. Os colegas riam com deboche, mas ele não deu muita importância, apenas acrescentando à sua coleção de apelidos mais alguns que já conhecia. Assim, desarmou o que hoje chamamos de bullying e deu início à sua carreira profissional. Com o tempo,...
Palavrão é algo com que só me acostumei por volta dos 14 anos, por causa do antigo ginasial. Até ali, mesmo acostumado a escutar não me sentia atraído a falar. Bom, hoje, adulto, costumo falar meus palavrões sozinho, ainda não me adaptei a xingar em público nem para ofender alguém. Certa vez assisti uma reportagem falando de um senhor de 70 anos, que jogava pelada com os amigos, muitos bem mais jovens. Ele era respeitado pela idade e em sua regra de não admitir palavrões durante o jogo. O repórter perguntou-lhe sobre o assunto, e a resposta foi que " Palavrão é a falta de argumento da pessoa". Não, definitivamente não sou como ele, nem o senhor idoso que vi, tempos atrás, na Cinelândia. O dia estava chuvoso, e no ponto do ônibus muitas pessoas aguardavam suas conduções. Um senhor alto, cabelos brancos, vestido socialmente, não percebeu a manobra do ônibus que chegava, arremessando a água empoçada do meio fio em sua direção, sujando a elegante calça branca....
Certo dia, em um setor de uma empresa onde trabalhei, um colega revisava a copiadora multifuncional que apresentara problemas de funcionamento. Após vários procedimentos rotineiros, ela voltou a funcionar, embora o motivo do problema não tenha sido identificado. "Talvez seja só uma manha do equipamento", comentamos, antes que ele se retirasse. Esse episódio me fez lembrar de outra ocasião, enquanto aguardava na fila do correio, na agência Primeiro de Março. Conversava com uma pessoa próxima quando presenciamos um acontecimento curioso: a máquina seladora da agência parou de funcionar repentinamente. A funcionária tentou solucionar o problema, sem sucesso. Chamou, então, a colega mais próxima, que também não teve êxito e sugeriu: "Chama a fulana; ela entende disso." A "fulana" foi chamada e, com ares de especialista, examinou a máquina de vários ângulos. Decidida, deu um forte tapa em uma das laterais do equipamento, que voltou a funcionar imediatamente. Re...
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