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O povo e o polvo

A série de protestos no nosso país nos últimos dias me levou a refletir sobre o que isso representa.  Neste momento, um cuidado necessário: diferenciar o que é reivindicação justa do que é baderna ou crime.  A falta de atitude diária ao longo desses tempos, onde ações simples no cotidiano poderiam fazer a diferença, levaram ao acúmulo de necessidades não satisfeitas que explodiram de repente, como se de repente tivessem surgido.  Ao mesmo tempo, no dia de hoje, assisto a propaganda de um partido onde fica clara a proposta de incitação ao movimento de massas, aproveitando o momento, como aliás todos os partidos atualmente fazem no Brasil.  Não representam nada e se aproveitam de tudo! Achei um dos poemas da minha prima Lucia Andrade que eu ainda não havia publicado no blog e descobri a semelhança com o que a anestesia geral propicia os acontecimentos atuais, guardados os exageros.   Autor do texto: Paulo Nascimento O povo e o polvo Olho...

Arraiá Privinido - Republicado

Vamo vê balão no céu? Pode não, que a tar da Incologia, critica e faiz iscarcéu. Intão vamo pulá fuguera Prá isquentá a brincadeira? Né boa idéia não, Si prá atendê o povo num tem hospitar Vai qui um si quema i di novo vira nutiça di jorná. Du mermo modo tá frito o pobre qui si mete a tacá no bucho di uma só veiz batata doce, canjica e quentão, Óia o istrago feito nas tripa do cristão. I cadê hospitar qui é bão? I u fuguetório ixprodindo no céu ? Qui beleza! Sei lá... vai qui um dispreparado Vira a pontaria do bicho pro lado errado? Eita, ma tá difici de cumeçá o arraiá! Tá certo sê cunciente, evitá os acidente, Mai a hora é di si divertí. Chamá logo a sanfona, o triango e a zabumba, Us sinhozinho, as sinhazinha, Inté di cidade vizinha Prá modi nóis farriá, Qui a vida inda é bela, I há di inchê di alegria a festa do nosso arraiá. Cum a proteção de São Pedro, Santo Antônio e São João, Num haverá pobrema não. Vai ficá prá lá di bão! ...

Eu escolhi você - Republicado

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No Dia dos Namorados, uma grande homenagem com a postagem campeã de visualizações do nosso blog.   Feliz Dia dos Namorados! Autora do texto: Lucia Andrade, em homenagem ao casamento da sua sobrinha Virginia Andrade com Rômulo Cardoso, publicado em sua página do Facebook.  Imagem extraída do Google Images.

Banda Pretitude

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Elas estão no início do arco-íris, mas já demonstram muito talento.  Rumo ao sucesso! O grupo foi formado em 2012, e com muito estilo e personalidade vem deixando sua marca no cenário musical carioca. A banda sobe ao palco com bateria, baixo, teclado, guitarra e percussão, e no vocal: duas cantoras poderosas. No cardápio musical do Pretitude, pitadas de Samba, Afro, Mpb, R&B, Rap e Funk. No seu novo show, intitulado Ukai, que significa, MULHER, em Umbundu (dialeto africano), o grupo faz uma homenagem e uma reflexão ao papel da mulher negra na cultura brasileira. Banda Pretitude, à capela.  Puro talento! Vídeo extraído do You Tube. Banda Pretitude no Facebook

Lidomeiro

Árvore seca frutifica! Fruto com cheiro de flor, Com gosto de maçã, Olhinho de jabuticaba. Com cabelos soltos como a folha, E a mãozinha leve como pena de ave. Que a voz sussurre como o vento, Doce como o mel, Mas que tenha a força do trovão Saindo da boca de uva rosada. Árvore seca frutifica! Redentora, renovadora, Como a raiz da liberdade. Autora do texto: Lucia Andrade Curiosidade: Perguntei à minha prima Lucia Andrade o que era um lidomeiro e ela me lembrou o nome do seu filho: Lidom.  Não precisa mais explicações.

Um Texto para Reflexão - Sobre Nossos Filhos (republicado)

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor. Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que s...

Até as águias precisam de um empurrão

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Um texto dirigido às mães que nos ensinam a voar, sem precisar nos carregar em suas asas.  E aos filhos que reconhecem esse supremo ato de amor.      A águia empurrou gentilmente os filhotes para a beira do ninho.  Seu coração trepidava com emoções conflitantes enquanto sentia a resistência deles.  "Por que será que a emoção de voar precisa começar com o medo de cair?", pensou.  Essa pergunta eterna ainda estava sem resposta para ela.      Como na tradição da espécie, seu ninho localizava-se no alto de uma saliência, num rochedo escarpado.  Abaixo havia somente o ar para suportar as asas de cada um de seus filhotes.  "Será possível que, dessa vez, não dará certo?", pensou.  A despeito de seus medos, a águia sabia que era tempo.  Sua missão materna estava praticamente terminando.  Restava uma última tarefa: o empurrão.      A águia reuniu coragem através de uma sabedoria inata....