quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Rara iguaria

Tem pinta de cafajeste,
Bonito e gostosinho.
Bem se vê, não vale nada.
Como eu gosto, no jeitinho.
A roupa é de marca.
Totalmente alienado.
Faz o tipo inteligente
Mas é só papo furado.
Finjo que dou atenção
Pois quero provar da fruta.
Entro no jogo dele,
Consigo, vazo e vou à luta.
Os papéis se inverteram,
Também existe mina malandra.
Só leva à sério quem merece.
Cafajeste ela vê, pega e se manda.
E o carinha que era esperto,
Se achando o garanhão,
Levou atestado de otário,
Ficou chupando limão.
Corpo gostoso se acha fácil,
Mas homem interessante e sincero
É como rara iguaria.
Que a mulher deseja, dá valor
E sonha encontrar um dia.

Autora do texto: Lucia Andrade


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