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Mostrando postagens de dezembro, 2012
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Aos amigos que acompanharam o nosso blog até hoje, meus desejos de Feliz Ano Novo com muita SAÚDE, PAZ e PROSPERIDADE.  Ainda ouso sonhar e acreditar.  Música: Imagine - John Lennon.  Vídeo extraído do You Tube.

A casa mais bela

Dei a você a casa mais bela, O lugar mais bonito. Flores na janela, Frutas no pomar, Água fresca em cascata, Mas dela não consegue cuidar. Mata-se a si mesmo, Destrói teu próprio lar. Tuas mãos têm espinho, Tudo há de te faltar. Vai dizer que sou injusto. Que fiz para te punir, Mas não fui eu o causador. Você mesmo se priva Das maravilhas que te dei. Do oceano que te banhava, Do sol que te aquecia, Da lua que te embalava, E de mim que era seu guia. A minha imagem pode ter Mas não se assemelha a mim. Eu jamais destruiria O que me dá vida, O que me alimenta, No corpo e no espírito. Renega o teu Pai, Renega seus irmãos, Queima o seu paraíso. O que pretende colher? Ainda pode mudar seu futuro Se do seu planeta cuidar. Aprenda a semear a vida, Pelas espécies comece a zelar, E lembre-se, meu filho, Do seu lado estarei Sempre que meu nome chamar. Autora do texto: Lucia Andrade

A arte é livre

Não tente me ditar o ritmo da música. Eu sou o artista, A obra é minha, Dou-lhe a entonação que quiser. Pode ser hard, soft, metal, No estilo que couber, Ou que minha inspiração me der. Existem sete notas musicais Que para mim São sete vezes setecentos, Ou quantas meu violão deixar. Todas que a minha voz Ousar cantar. Outras mais que eu puder imaginar. Nas partituras do meu vício De musicar A vida, O passado Ou o futuro que virá. Um artista não se prende à lógica, Desconhece o impossível, Mecanismo de bitolar. Ele dá vida à arte, Canta o que quer cantar. Tem na alma a versatilidade De ouvir o que o som Quer lhe falar. Autora do texto: Lucia Andrade

Incólume

Quisera eu guardar-te novamente Em meu ventre, Casulo seguro, Redoma perfeita. Quisera eu proteger você Desse mundo cão. Entendo agora a dor do parto. É a dor de ter de dar ao mundo Nossa carne, Pedaço do nosso corpo, Nossa própria alma. É a dor de não poder guardar Dentro de si O tesouro mais precioso, Depois de ter gerado. A dor de carregar dois corações. E sentir para sempre As alegrias, As tristezas, As descobertas, Do seu e do outro Que já não é mais seu. Dois corpos em um só corpo E ter de entregar um deles À sorte. Quisera eu que voltasse Pra dentro de mim. E ali ficasse escondido, Incólume, Só meu. Autora do texto: Lucia Andrade

Caminhos tortuosos

Nem sempre o caminho certo É o mais fácil. Quase nunca é. É difícil tomar as decisões corretas. Ser correto é difícil. Parece que você é o errado Quando quer fazer o certo. Geralmente é doloroso, Quase sempre é, Fazer o mais acertado. Escolher não o meio certo, Ou o meio errado, Mas o correto, De verdade. Que nem sempre é o caminho reto, Quase nunca é. Geralmente o caminho tortuoso É o correto. E o reto, É o errado. Mas se você consegue, Ao final da sua luta interna, Seguir o melhor caminho, O certo, Continue por ele, Persevere nele, Acredite nele. Na reta de chegada, Quando olhar para trás, Terá a certeza De que fez A escolha certa Indo ao encontro de Deus. Autora do texto: Lucia Andrade

A chama se apagou

Quantos anos tenho? Não os tenho mais. Ficaram no passado. O que o futuro me traz? Não há mais esperança De um grande amor encontrar. Resta somente a lembrança Do tempo de acreditar. Acreditar não mais existe, A chama se apagou. Os sonhos foram mortos. O desânimo os matou. Quantos anos virão? Não tem como eu saber. Já não conto mais em anos Conto os sóis que vejo nascer. Autora do texto: Lucia Andrade

Uma porção de tempo

A resistência está chegando ao fim. O fôlego está acabando. Me agarro tenazmente Ao que ainda me resta: Meu fruto, Meus sonhos. Uma hora, Muito próxima, O corpo dirá: Cansei. Basta! Me agarro à corda que me prende. Tento manter-me de pé. Afundo mais. O futuro sombrio se apresenta. O fechar dos olhos É iminente. Um assunto pendente, Dependente. Ainda não. Mais um dia, Uma semana talvez. Uma gota de sangue, A cura. Uma solução mandada pelos céus, Qualquer coisa. Mesmo que seja Só mais uma porção de tempo. Autora do texto: Lucia Andrade

Música e cor para o mundo

A música cortou o ar. A cor pintou a nudez dos muros. Música e cor para o mundo. Um mundo mais rico, Mais bonito, Mais feliz. Notas musicais em cores vivas. Cores pintadas em forma de som. Todos dançando na rua, Cantando a vida em um só tom. Casas aquareladas, Sorrisos abertos, A cor explode no muro, O som ecoa no ar. E o mundo não é mais o mesmo. Música pra ouvir, Tinta pra pintar, Motivos pra sorrir, Um novo mundo pra contemplar. Autora do texto: Lucia Andrade Leia também: A Estrela de Jeremias, Lucia Andrade na Amazon.com

Remédio pro coração

Sonhar com a felicidade E crer nesse sonho todo dia. Ter na boca a palavra mais doce, Mesmo em meio à angústia, Mesmo que a dúvida se faça. Dar sempre o primeiro passo Para trazer de volta o sorriso, Cobrir a união de paz. Qualquer que seja o desfecho A lição do amor sempre acrescenta. É riqueza que não se perde, É o bem que um dia retorna, Remédio pro coração. Autora do texto: Lucia Andrade

A balalaica do Gagarin

Enchi a cara de vodca Em uma deprê de dar gosto. Queria você de volta Desesperada E urgentemente. Precisava me embriagar do teu gosto Mas não tinha você comigo. E depois de muitos copos Da forte bebida russa, Já não sabia onde estava. Se o que bateu na minha nuca Foi o Sputnik Ou uma balalaica. Alguma coisa eu ouvia, E via tudo rodar. O Lênin fazendo discurso? Ou o Gagarin à aterrissar? Caí de cara na Praça Vermelha. Acordei no dia seguinte Em uma tremenda Perestroika. Sozinho, sem você. Doutor Jivago sem Lara. O copo caído no chão, A cabeça explodindo de dor. E o coração gelado, Morto, Afogado em um balde de gelo, No gelo siberiano. Autora do texto: Lucia Andrade

Coração teimoso

Nada impede que eu te ame, Nem mesmo o fato de você Comigo não estar. Isso é somente um detalhe Que meu coração quer ignorar. Tive você, Sua pessoa, Hoje não tenho mais. Impossível é dizer ao meu coração Que tudo isso ficou pra trás. O amor apenas brota Sem motivo, sem razão. E tentamos buscar lógica Onde não há explicação. Não vou amordaçar O que o amor tem pra dizer. Eu te quero e quero mesmo Sem vergonha de querer. Amar é tão bonito Independente de se ter. Ter já é questão de posse, Mania de prender. O amor puro Liberta, Somente é, nada mais. Não pede nada em troca. Chega, fica E não desiste jamais. Autora do texto: Lucia Andrade