O primeiro apelido lhe foi dado pelo próprio pai: "lambreta". Nunca se soube na família a razão do apelido; talvez nem mesmo o pai pudesse explicá-lo. Depois, no colégio, devido à baixa estatura e ao fato de ser sempre o primeiro nas formações em fileira, passaram a acrescentar o sufixo "inho" ao seu nome. Esse apelido o acompanhou até hoje. A maior experiência que teve com apelidos foi ao trabalhar em uma fábrica de lingerie. Ao ser recepcionado pelos futuros colegas, um deles, que viria a se tornar seu melhor amigo, desfiou diante dos demais uma lista de apelidos: "salgadinho de casamento", "motorista de carro de bandido", "salva-vidas de aquário", "porteiro de boate infantil" e outros. Os colegas riam com deboche, mas ele não deu muita importância, apenas acrescentando à sua coleção de apelidos mais alguns que já conhecia. Assim, desarmou o que hoje chamamos de bullying e deu início à sua carreira profissional. Com o tempo,...
Certo dia, em um setor de uma empresa onde trabalhei, um colega revisava a copiadora multifuncional que apresentara problemas de funcionamento. Após vários procedimentos rotineiros, ela voltou a funcionar, embora o motivo do problema não tenha sido identificado. "Talvez seja só uma manha do equipamento", comentamos, antes que ele se retirasse. Esse episódio me fez lembrar de outra ocasião, enquanto aguardava na fila do correio, na agência Primeiro de Março. Conversava com uma pessoa próxima quando presenciamos um acontecimento curioso: a máquina seladora da agência parou de funcionar repentinamente. A funcionária tentou solucionar o problema, sem sucesso. Chamou, então, a colega mais próxima, que também não teve êxito e sugeriu: "Chama a fulana; ela entende disso." A "fulana" foi chamada e, com ares de especialista, examinou a máquina de vários ângulos. Decidida, deu um forte tapa em uma das laterais do equipamento, que voltou a funcionar imediatamente. Re...
Final de ano, 1976... Naquela época, o último dia do ano tinha meio expediente e, por tradição, havia a chuva de papel picado, originada de documentos inservíveis devidamente rasgados ou de sobras, como confetes, produzidas pelos perfuradores de papel. Eu trabalhava em uma empresa localizada na avenida Rio Branco, no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Durante a comemoração — janelas abertas no quadragésimo andar — apareceu, do nada, um paraquedas confeccionado com um saco de lixo azul, barbantes e, no lugar de um boneco, um objeto fálico feito de madeira. Sim, isso mesmo! O autor da façanha era o "faz-tudo" da empresa (eletricista, encanador, marceneiro, etc.). Um dos nossos colegas, com uma destreza singular, conseguiu arremessá-lo. Ao sabor do vento, o paraquedas começou a pairar sobre a avenida. No prédio em frente funcionava um banco famoso, que ainda existe. Vimos, morrendo de rir, uns caras chamando suas colegas para observarem o estranho objeto voador. Algumas mulher...
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